Poltrona 06

Acordo com uma zueira danada do lado de fora. Crianças brincando e ao pisar no chão de pedrinhas, fazia um barulho de algo rolando ou coisa parecida. O café seria servido a partir das 8 da manana, sai de minha habitacion, e fiquei sabendo pelo dono do Hostel, que aquelas crianças eram moradoras de pequenos povoados próximo a Tilcara e estavam ali, para participarem de pequenos eventos em Tilcara...

Fiquei pensando, se Tilcara que é um povoado pequeno, imaginei qual o tamanho desses povoados que essas crianças vieram. Fui a cozinha e ñ gostei do local, os pães e doces estavam expostos as moscas, os talheres, alguns ñ estavam devidamente lavadas e com visiveis sinais de ferrugem, quem necessita de ferro no organismo, taí uma bela oportunidade. Neste momento, chega Paulo, um argentino que já morou no Brasil e estava ali trabalhando, mas que se preparava para ir ao Panamá. O leite era em pó, o café tava até que bom, tomei tudo e comi os pães com o doce de leite, afinal , o dia prometia. Lavei o que sujei, saí para a área externa, tinha alguns Europeus conversando e fui caminhando para o meu quarto. Minha intenção era caminhar até Pu cara, retornar e seguir para Purmamarca, mas Paulo perguntou se eu ficaria mais uma noite no Hostel, disse que ñ, então ele disse para desocupar o quarto, deixar minhas coisas com eles e pegar depois. Voltei para o quarto, arrumei tudo, embalei bem o Net, e ao sair o dono pediu para deixar na cozinha no lado externo. Fiquei meio cabreiro, ele disse que ñ haveria perigo. Parti para Pucara, e tome subida, e tome sol na curuca, e tome água, e tome pó, e tome vento....arf! Atravessei uma ponte..

..continuei seguindo, comprei um sombreiro e entrei em Pucara.

O cara da bilheteria queria me cobrar 30 pesos, aí ví que para hermanos o preço seria de 15, latinos 20 e europeus e americanos 30. Peraí muchacho, soy latino! Oh! Perdon, cuesta 20. Ah! Agora tá bien! Segue las peliculas sacadas em Pucara...

A foto a seguir é de uma rocha vulcânica encontrada por essas bandas que emite um sinal sonoro ao jogar algo nela. Fiz um teste, joguei uma pedra e realmente ocorre um som de vários sinos tocando..

O calor estava bem forte, ao sair de Pucara, compro umas toalhas com figuras de lhamas, negociei o preço e a senhoria acabou dando um desconto de 5 pesos, ótimo, foi a grana da água para retornar a Tilcara rsrs No caminho de retorno, algumas pedras colocadas as margens da estrada com figuras rupestres...

...chegando ao Hostel, vou direto ao local onde deixei minha mochila, que alivio, tudo certinho, reorganize-a, e saí. Um detalhe, desde o momento em que entrei e até sair, não ví nenguém do albergue, ou seja, qualquer um poderia entrar pegar qualquer coisa e se mandar, e o que era pior, essa qualquer coisa poderia ser minha mochila, tremi na base. Parto para a rodoviária e sabendo que Purmamarca era pertinho, resolvo almoçar por lá mesmo e tbm descidir o que fazer, se dormia por lá ou outra coisa que me desse na telha. Pego o bus e rápidinho chego em Purmamarca. Procuro um restaura para comer e acho um lugar bacaninha e barato...

...comi pra caramba. Ao sair fui abordado por um remis perguntando se eu queria ir até o salar por 70 pesos? Oferta tentadora, mas necessitaria de mais 3 corajosos para fechar o carro. Falei que iria pensar e saio caminhando pelo pequeno povoado de Purmamarca para tirar fotos...

...foto ali, foto aqui, esbarro novamente com o remis e pergunto a ele como estava a situação. Ele disse que já tinha dois casais e contando comigo, faltava apenas achar mais um. Disse a ele que ñ iria. Como demorou muito o casal fechou com outro remis e se mandou para o Salar. Qual foi o motivo de eu ñ ter ido? Comi demais no almoço, vc sai de 2.200 metros onde esta situado Purma, segue pela estrada que vai para o Chile, sobe a serra em formato de caracoles até 4.200 metros e de lá segue para o Salar que é um deserto de sal. Com certeza, para mim, seria um apocalipse total, resolvi preservar minha integridade rsrsrs. Em Purmamarca existe um Cerro de 7 Cores, como eles dizem por aqui, com se fosse uma serra de pedra com várias cores. Sinceramente ñ consegui contar nem 5 cores. Resolvi retornar para Tilcara mas ñ iria ficar no ultimo Hostel. Qdo retornava de Pucara pela manhã, passei por um Hostel e achei interessante o preço e as instalações, embora mais caro que o outro, mas dentro do meu orçamento, então fui até lá e fechei. Ainda estava meio empanturrado do almoço, fui tomar um chá e mais tarde jantei. O dia foi desgastante, agora é descansar.

Poltrona 05

Como meu ônibus para Humahuaca sairia às 10h35m, procurei dormir um pouco mais. Após tomar meu café com medialunas...

...depois fui cambiar reais por pesos, 2,30...beleza, teria que ser o suficiente para ir e voltar, ainda mais que o Santander resolveu aprontar novamente, ainda bem que levei reais e tbm poderia em ultimo caso sacar pelo HSBC. Saio da Pousada...

...e vou para a rodoviária, embarco, e lá vou eu para a Quebrada. Passamos por várias pequenas cidades até chegar na capital Jujuy, de lá começamos a subir a serra. Aqui neste ponto a Gendarmeria (policia argentina) faz checagem nos ônibus em busca de drogas ( área de risco de entrada de drogas na argentina ), pela proximidade com a Bolivia...

...durante a viagens, esses ninos não paravam um instante...

...corriam de lá pra cá e a mãe deles só dormia. De tanto correr, cansaram e foram dormir com la madre...

Percebi uma coisa aqui, as crianças choram e as mães não fazem nada...vai entender! Passamos por Tilcara e depois chegamos a Humahuaca. Humahuaca, Tilcara e Purmamarca são na verdade pequenos povoados, onde os moradores na maioria são descentes de índios. Desci em Humahuaca, dei um giro pelo povoado e haja poeira, saquei algumas fotos, sendo a principal delas do El Indio, segue alguma fotos de Humahuaca...

Retornei a rodoviária, pois minha intenção ñ era ficar lá, e peguei outro ônibus para Tilcara. Prestem atenção para a boca do motorista, parecia que tinha levado um soco na cara ou o que me preocupou, um dente com infecção, o que seria pior ainda, afinal ela era um motorista e poderia estar tomando algo para aquilo e com a estrada perigosa para aquelas bandas, hummm...

Chegando em Tilcara, mais pó, parecia que estava numa cidade de faroeste. Cacei o Hostel que iria ficar, localizei, fechei por 120 pesos, ótimo, deixei minhas coisas por lá e parto para destrinchar o povoado.A sensação de estar na Quebrada de Humahuaca é indescritível, lugar mágico e com muita energia boa. Já estava anoitecendo e o frio já dava seus sinais, comecei fazer uma avaliação dos restauras para comer algo, afinal, fiquei só no pão seco o dia inteiro, e tome água tbm. Qdo era umas 19h, toda a iluminação da cidade vai para o espaço...lascou! Com fome, sem tomar banho e ainda falta energia, como é que os restaurantes vão servi algo? Tinha um restaura que eu já havia passado e estava funcionando a luz de velas...romântico hem! Entrei, tava quentinho e por lá fiquei mesmo, ñ me importando o quanto custasse. E ñ é que eles estavam trabalhando direitinho, tinha ate musica ao vivo, pedi frango com purê e uma jarrita de vinho tinto seco...que marravilha, como diz sempre o Cloude! Cai matando no pequeno pedaço da ave que havia sido abatida para satisfazer o paladar dos humanos, saboreando o vinho e ouvido belas músicas da região, tava muito bom lá...ñ queria sair mais. Mas uma coisa estava me preocupando, tinha que retornar e tbm ñ tinha tomado banho...e agora? Paguei com gosto a chica, vesti a blusa e me mando para o Hostel num breu danado. O que tem de cachorro nessa região ñ é moleza, uma latição danada, e olha que todos ficam soltos e ñ não tinha nenhum pequetitito, todos sarados rsrs. Cheguei no Hostel, entrei no meu quarto e sob a luz do meu celular fui procurando as coisas, dei uma escovada na gremalheira (dentes) aí pensei, nem a pau vou tomar banho nesse frio de lascar, vou é dormir assim mesmo, afinal até agora ninguém ta sabendo. Todo empoeirado, deito na cama e pá....durmo, até la manhana!

Poltrona 04

Acordei cedo, pois a Van iria passar na Pousada entre sete e sete e meia da manhã, tomo meu café, ao mesmo tempo, duas suíças tbm tomam café, é que elas tbm vão para Cafayete, mas por outra empresa. A Van delas chega primeiro, a minha na verdade é um micro para 18 pessoas, chega logo a seguir. Sou recebido pela guia Eva e acomodo-me no fundo, já que ela estava recolhendo os passageiros em suas hospedagem. Passa por ali, passo por lá, pronto, todos a bordo, a bicha vai lotada. Antes porém, parada num boteco na saída da cidade, para que todos se abasteçam de água. Segue as fotos do passeio..

..degustação de vinhos..

..almoço em cafayete, cazuela de cabrito e meus amogos de almoço, Sonedan e Fernando, casal moradores de Buenos Aires..

..nossa guia Eva, oferecendo para cada um uma talagada do vinho, e um detalhe, nosso grupo era formado por Polonês, Alemães, Franceses, Italianos, Argentinos e solamente eu representando nossa terrinha.

..caminhos de Cafayete.

Chegamos por volta das 19 horas, tomei um banho e fui jantar algo, tentando fugir da área de turistas, e é procurando que se acha rsrs. Amanhã, Quebradas de Humahuaca.